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Pensamentos e divagações do profundo do Ser

quarta-feira, março 28, 2007

Um passeio pela praia

Apesar do Sol bonito, das poucas nuvens e do azul intenso do firmamento, a brisa gelada não passava despercebida. Caminhavam juntos à beira-mar, pisando conchas, pedras e outros frutos que o mar lhes tinha dado.

Subitamente, ela parou.

‘Adoro’ – disse

‘O que é?’ – perguntou ele

‘Um ouriço-do-mar. O outro partiu-se mas este tá fixe.’

Guardou a pequena concha num dos bolsos do casaco já russo de tanto uso e lavagem e prosseguiram a marcha lado a lado.

Depois de se afastarem bastante do ponto de partida sentaram-se.

‘Tens os olhos bonitos’

‘Gostava de ter os olhos verdes’

‘Olhos verdes é ciúme’

‘Sério? Não sabia…’

‘Os teus são verdes à volta, no meio são castanhos e depois têm uns risquinhos mais escuros…parecem umas flores’

Horas de conversa, risos, cócegas e beijos.







Quero mais










*
Sou uma amante da liberdade de expressão. Gosto de poder dizer o que penso e sinto sem ter medo de sofrer represálias ou colocar a vida dos meus em risco.

Gosto de poder escrever neste blog sem ter um lápis azul que me censure as palavras.

Mas apesar disto sinto-me tanta vez enclausurada. Amordaçada. Presa. Impotente.

Eu tento. Eu tento e sou casmurra.
No outro dia, estava a minha irmã a queixar-se não sei do quê à avózinha e eu disse assim:

' - Acho que se ela realmente quisesse tinha insistido mais.'

E nisto, vira-se a mamãe furibunda e diz-me:

' - Ai és assim! Pensas que é por insistires que consegues as coisas?!'

Naquele momento apeteceu-me ficar calada porque não estava com paciência para discursos. Mas respondendo à questão...

...penso.



Casmurrice. Teimosia. Persistência.

Chamem-lhe o que quiserem. Seja como for, eu tenho as três.







---> Finalmente terminei ontem de ler A Filha do Capitão do José Rodrigues dos Santos. Devo dizer que está espectacular, nunca tinha lido nada assim. É uma obra bastante descritiva mas que, se nos deixarmos prender por ela, faz-nos sentir as coisas como se as estivessemos a viver.



Arranquei o 1º ciso...eu já sabia que o juízo não queria nada comigo...mas 4 pontos??






*

domingo, março 25, 2007

Namoramos para nos sentirmos bem e deixamos de namorar para nos sentirmos ainda melhor.


Maya





A cartomante até diz umas coisas engraçadas.












*

sábado, março 24, 2007

Idazinha à Fnac

Adquiri um livro: Chega-te a mim e deixa-te estar de Eduardo Sá.
Adquiri um cd (há anos que não o fazia!) : Kersche dos Norton. Quem são os Norton? Uns jovens portugueses que eu tive a oportunidade de ver ao vivo quando entrei na Fnac. Gostei bastante do som que ouvi, então comprei o álbum. Tenho a dizer que valeu a pena, até porque o preço foi inferior a 5 €. Aconselho vivamente.





Já me começo a fartar de sair sempre para os mesmos sítios. Já me começo a enjoar. Se abrissem um bar com oldies, tipo o Estúdio, eu seria uma moçoila mais feliz.


Tenho dito.








*










Ah é verdade, se quiserem um livro bom para vos dar a volta aos neurónios...O Amor é Fodido é do que melhor que anda aí; se quiserem um livro para ler lentamente, de modo a que absorvam as suas palavras como se de água se tratasse...nada como o Livro do Desassossego.

sexta-feira, março 23, 2007

'BASTA PUM BASTA!

UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UM DANTAS É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RÊSMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!

ABAIXO A GERAÇÃO!'


in Manifesto Anti-Dantas de Almada Negreiros





Será preciso dizer quem são os Dantas da nossa geração?

'Bora todos fazer uma instrospecção sobre isso.





*



Enquanto eu tiver vagar não precisarei de Dantas que me representem. Representar-me-ei a mim mesma...e isso já começou.

terça-feira, março 20, 2007

Para Ti

É uma ansiedade profunda
Um medo incompreensível
Uma lembrança moribunda.

Tu simplesmente…
Não me sais do pensamento
Permaneces em mim
Como as estrelas no firmamento

Tento desviar as saudades
As vontades…
Lembro-me como se fosse ontem
O modo como criticavas
As minhas vaidades.
E eu ria.
E tu rias.

Sei que para ti as flores
São gastos desnecessários
Elas murcham, dizias.
Não te levei lírios…
Dei-te uma rosa branca.

E será sempre uma rosa branca
Tal como naquele dia
Em que te vi deitado;
Aquele dia
Em que te vi inanimado.

E assim permanece
E assim esmorece.
É assim…
Que acontece.

Deste que partiste
Que não fui mais a mesma.
Lembro o modo como sorriste
Quando me viste…
Toda triste…
Por parvoíces.

Tu nunca deste muita importância
Às chatices.

Há momentos em que
Sinto a tua presença…
Então quando passo pelo corredor
Em frente à despensa…

Nem queiras saber…
O que este vazio me faz sofrer.





Já se passou um ano... e há momentos em que parece que foi ontem.





*










Damien Rice - The Blowers Daughter

domingo, março 18, 2007

Children of Men



Ontem estive a ver este filme.

Imaginem um mundo onde não há sossego em qualquer parte. Existem conflitos a toda a hora; as pessoas são atacadas nos transportes públicos, cafés rebetam a toda a hora...os emigrantes são tratados como ratos de esgoto e mortos à queima roupa...humilhados e chacinados, qual campo de Auschwitz.

Não há respeito, não há amor. Só há o vazio e o desespero.

Palpita-me que não punha filhos num mundo assim.

Pergunto-me...quanto tempo falta para chegarmos a tal estado caótico?

Vivemos aprisionados pelas guerras, pelas ideias que a televisão nos põe na cabeça...soldados que combatem contra outros soldados, e o curioso é que nenhum dos lados sabe sobre o que combate.

É a guerra do Alá, a guerra do dinheiro, a guerra das armas mais poderosas...será que não se cansam? Será que não sentem o papel de idiotas que fazem?

Há tanto para fazer, tanto para descobrir, para sentir...e tão pouco tempo para o fazer; mas eles ainda o querem encurtar mais.


Santa ignorância.





*

quarta-feira, março 14, 2007




...sim.

segunda-feira, março 12, 2007

É Loucura


Odiar todas as rosas porque uma te espetou...

Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou...

Perder a fé em todas as orações porque numa não foste atendido...

Desistir de todos os esforços porque um deles fracassou...

Condenar todas as amizades porque uma delas te traiu...

Descrer de todo o amor porque um deles te foi infiel...

Jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo...


Nunca te esqueças que há sempre...


...uma outra chance

...uma outra amizade

...um outro amor

...uma nova força.



O autor do texto é anónimo.




Agora estas palavras começam a fazer um certo sentido, apesar de eu, às tantas, perder o sentido das coisas. É complicado quando começamos a duvidar daquilo que afirmávamos a pés juntos ser verdade.


Obrigada a todos os que gostam de mim. Obrigada a todos os meus amigos. Obrigada aos que ouvem os meus prantos desesperados, as minhas gargalhadas histéricas e os meus gritos furibundos. Obrigada àqueles que, apesar de não perceberem uma ponta da minha pancada...me dão segundas oportunidades.


Obrigada aos que não gostam de mim. O facto de não me ignorarem faz-me sentir importante.


Obrigada aos que me ignoram. Fazem-me compreender que há momentos nos quais nos devemos colocar no nosso devido lugar.


As coisas andam a tomar rumos diferentes. São melhores ou não...não sei. E também não vou pensar nisso.






*

domingo, março 11, 2007

Pode parecer masoquismo...mas prefiro assim.
Sempre odiei o verbo desistir.



Mas de facto...já não faz sentido. Deixou de fazer sentido. Perdi o fio a esta meada. Gostava de um dia poder voltar a encontrá-lo mas não sei...



E esta incerteza dá-me uma sensação de desamparo que não sei explicar.

sábado, março 10, 2007

Introspecção

O objectivo não é conquistar...é manter a conquista.


- Quem és tu? - perguntou o principezinho - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
- Ah! Então, desculpa! - disse o principeznho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- «Cativar» quer dizer o quê?
- Vê se logo que não és de cá - disse a raposa.- De que andas tu à procura?


Normalmente só sabemos o que procuramos depois de o encontrarmos. A mania de idealizar coisas que não existem faz-nos viver ilusões.



- (...) Cativar quer dizer o quê?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa.- Quer dizer «criar laços»...
- Criar laços?
- Sim, laços - disse a raposa.- Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti...


Transcrições em itálico retiradas d'O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry.




*





'Vou fazer uma introspecção sobre isso!'

sexta-feira, março 09, 2007

Beijos com sabor a medo.







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quarta-feira, março 07, 2007

Ora cá vai um diálogo interessante que 4 criaturas conseguem ter na ESE:

- Atão?

- Atão o quê?

- Já tá?

- Não.

- Atão?


Tirem as vossas conclusões porque eu não irei revelar as minhas.




*







Ir em frente sem olhar para trás. Uma vez disseram-me que só após um grande sofrimento é que se valoriza uma pequena alegria. Por um lado concordo, é um facto... mas quem disse que é uma pequena alegria?

terça-feira, março 06, 2007

Tenho o direito de ser feliz.




Pimba.





Tenho mais pena dos que sonham o provável, o legítimo e o próximo, do que dos que devaneiam sobre o longuínquo e o estranho.

Bernardo Soares


Por isso é que todos devíamos sonhar com coisas aparentemente impossíveis de acontecer mas que no nosso mundo se tornam realidade. Já tive a prova disso várias vezes.

sábado, março 03, 2007

Não é medo não...é PAVOR!!



AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!






=)






E por hoje já tenho a alma aliviadinha.




*

sexta-feira, março 02, 2007








Essa coisa do para sempre arrepia-me a medúla óssea.
*
P.S.: Acabei de ler no Dica da Semana que as costeletas do cachaço de porco estão mais baratas. Passaram de 2,59 € para 1,59€. Realmente não entendo se é o Lidl que é amigo ou se é a carne suína que é reles. Mas dadas as minhas introspecções mais recentes, vou apostar na segunda. De qualquer modo vou ali buscar umas embalagens e já venho.

 
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