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Pensamentos e divagações do profundo do Ser

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Diálogo

Hoje o vento passou por mim de uma maneira muito estranha. Estava triste e calado. Perguntei-lhe o que se passava e ele falou-me que no outro lado da montanha vivem-se amores não correspondidos, intrigas, desconfianças, inseguranças, e acima de tudo… indecisões. Então travámos o seguinte diálogo:

Eu: Diz-me Vento… porque te deixas afectar com essas coisas?

Vento: Porque da mesma maneira que as tuas ondulações são afectadas pelo meu estado de ira ou de harmonia, assim me revolto ou entristeço com as coisas que presencio. Custa-me muito ver pessoas que se gostam separadas por obstáculos tão cruéis e ao mesmo tempo tão insólitos.

Eu: Eles não conseguem ter um amor como o nosso?

Vento: Não… Os humanos são muito complicados minha querida Lagoa.

Eu: Então não basta haver amor de ambas as partes?

Vento: Para os humanos, antes de haver amor tem de haver entendimento, confiança, respeito… e claro, dois corações receptivos. Só depois disso é que surge o amor.

Eu: Até compreendo mas acho que de acordo com o que dizes os humanos devem ser umas criaturas muito sofredoras…

O Vento demonstrou que concordava com a sua amada, beijou-a com a sua leve brisa e partiu.

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