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Pensamentos e divagações do profundo do Ser

domingo, dezembro 24, 2006

Há sensações que deviam durar sempre…

Como uma lagoa calma e transparente me sinto neste momento. De vez em quando sinto uma leve brisa que provoca ligeiras ondulações em mim. Essas ondulações fazem-me provar as margens que me envolvem…como se de uns braços se tratassem…

Às vezes algumas crianças aproximam-se da minha beira e atiram pequenos seixos para se entreterem. As suas gargalhadas preenchem-me. Os seus rostos espelham alegria e agitação, eu sinto-o!

Muitos passarinhos vêm namorar para cima dos ramos das árvores aqui das margens…as minhas margens. Sinto-me uma privilegiada por tal coisa. Oiço os seus cantos e no timbre percebo que há uma coisa: amor.

Este cenário harmonioso está envolvido por um silêncio natural: não há buzinas de carros, vozes de pessoas, barulhos de máquinas a trabalhar: apenas há o cantar dos passarinhos, o barulho da cascata que está do outro lado da montanha e o vento.
É o vento que mais me toca no coração.
É ele que me diz que rumos devo seguir: é o meu guia. Mesmo nos dias em que o tempo está muito mau, e o vento está forte, com ele sinto me segura. Por incrível que possa parecer, ele é o meu porto seguro.
É ele que me trás as mensagens de outros cantos desta terra, que me trás as folhas secas, características do Outono, de árvores que eu nunca vi; ele mostra-me mundos que eu desconhecia.
Ele faz-me sentir bem, faz-me sentir amada, desejada, bonita;
Ele provoca-me alegrias e outras coisas que não sei definir;
Ele preenche certos espaços em mim que estavam vazios…e eu fico feliz com isso.
Ele dá-me esperança.

Ele…o vento.

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